quinta-feira, 29 de novembro de 2007

I am 65% geek!

Em homenagem ao meu amigo Guilherme "Fofo" Prado, um post semi-inútil. :-)


65% Geek

Twitter, modismo ou (r)evolução?

Quando o assunto é comunicação, a moda está no Twitter, O buzzword do momento.
Micro-blogging, feeds pessoais e mais um monte de apelidos. Mas pra que serve? Como funciona? E afinal: É útil mesmo ou é só mais um serviço web2.0? Vamos esclarecer todas essas dúvidas neste post. E mais: Algumas idéias (realmente) interessantes de uso do Twitter!


O que é e pra que serve?
O propósito inicial do Twitter é responder o que a caixa de texto pergunta: "What are you doing now?". Em poucas palavras, responda a essa pergunta em 140 caracteres. Essas informações são exportadas em forma de RSS, e portando pode ser assinado e lido como qualquer outro feed. O diferencial é que você pode receber esses feeds por diversas maneiras: Leitor de feeds RSS, GTalk e (a grande inovação) diretamente no seu celular - e de graça. O termo da vez agora é seguir a pessoa e não mais assinar o feed. Portanto você pode seguir a pessoa e receber suas atualizações diretamente no seu celular / MSN / Gtalk.

Inútil, ou quase isso...
Poisé, a priore pode ser a coisa mais banal e estúpida do mundo. Eu mesmo, quando vi pela primeira vez, li a descrição e fechei a aba logo em seguida. Perda de tempo! Pensei. Mas depois que fui ao Intercon, algumas idéias mudaram de forma e os conceitos foram refeitos. Pronto, estou viciado em Twitter! Mas calma, vou explicar.

O primeiro contato,
Como disse, foi no Intercon. A medida que as palestras rolavam, as pessoas iam twittando e bloggando furiosamente informações em tempo real. Pessoas ao redor do mundo poderiam acompanhar em seus celulares o que ia acontecendo. Em tempo real. De graça!

No dia-a-dia:
As pessoas começaram a ignorar o lema "what are you doing now?" e começaram a twittar sobre assuntos adversos. O real micro-blogging. Um dos meus usos é justamente seguir pessoas influentes que possuem idéias interessantes. Prof. Luli, Fábio Seixas e Sulamita Garcia são algumas das pessoas que sigo. Sempre postando idéias, tendências e tecnologias. Fico antenado no que está acontecendo mesmo longe do PC.

Outro uso que faço é seguir portais que possuem Twitter: Último Segundo e IDG Now! são os que eu sigo e recebo notícias e informações em tempo real. E novamente, a idéia é continuar on-line mesmo distante do computador. Mais uma mudança de comportamento causada pela tencologia? Talvez.

Idéias borbulhando...
Como disse na minha palestra da seccomp sobre padrões abertos e web2.0, o Twitter não poderia estar de fora: Tem uma API aberta? Tem sim senhor! Podemos mashupeá-lo então com "n" outras API's e fazer algo realmente interessante. Usá-lo juntamente com o Remember the milk e poder twittar compromissos diretamente do celular, excelente idéia! Fazer um web-service com um feed de notícias e o Twitter, receber notícias atualizadas mesmo longe do computador...E por ai vai. Mashup's a vontade.

Uso empresarial:
Não sabia, mas tem empresas usando Twitter. As informações são Twittadas e os funcionários ficam alinhados com os projetos em tempo real. Fazer um web-service que twitta toda vez que o servidor cai, outra boa idéia.

Concluindo:
É estrapolar demais dizer que é um framework de desenvolvimento? Pense nisso. Mas como toda "nova" tecnologia, ela ainda sofre bastante preconceito. Assim como blogs uma vez já foram vistos como diários virtuais.

Aliás, engraçado como tem que gente ainda não se deu conta do poder da blogosfera. E, de fato, ainda pensa que só serve de diário. Blogosfera, taí uma palavra que ainda não está engajada. Tema do próximo post?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Amazon Kindle e a moda dos livros digitais

A discussão do momento é a nova onda de livros digitais e esse tal de Amazon Kindle. Tomei conhecimento desse assunto por um email de um amigo meu - Leandro "Trecker" Gabriel. Segue o email na íntegra:
"Com o anúncio da Amazon do Kindle, seu mais novo prodiço (produto feito para vender serviço), surge a mesma questão que gerou furor nos tempos do Napster e amor nos tempos do cólera: O que será das editoras? Será o início definitivo da era pós-Gutemberg? O que fazer com o papel? Pra que servirão os eucaliptos?

Calma, cara-pálida. Não se preoucupe com as ações das empresas de celulose, essas ainda terão vida longa. A questão pertinente aqui é em relação às editoras. Será que dezenas de editoras vão ruir perante às primeiras que abraçarem de coração o novo modelo de distribuição?

Antes disso, uma explicação. O Kindle é um leitor de livros eletrônicos que promete "desaparecer" em suas mãos durante a leitura. O livro, enquanto lido, é praticamente imperceptível como mídia, restando apenas a palavra do autor sem papel nem tinta no caminho de sua mente para a do leitor, oferencendo conforto absoluto. Os leitores lançados até hoje não tinham essa característica, pareciam fugir disso como o diabo da cruz.

Além de não precisar de uma segunda plataforma para obter as músicas (tem conexão Wireless e é ligado ao serviço Amazon de compra de e-books), o Kindle promete leitura confortável, pois utiliza partículas de tinta reais ( e-ink) e sua tela não tem o brilho das telas comuns, além de refletir tanta luz quando um papel comum. O produto já é comparado ao iPod e a Amazon espera uma febre similar.

As editoras, ao contrário das gravadoras, parecem não estar desesperadas em relação à onda de leituras eletrônicas. Até porque, as vendas de livros não parecem ter sido muito afetadas até hoje, o que pode significar que a febre ainda não pegou. Talvez faltasse um dispositivo de alta mobilidade voltado para leitura, não falta mais. A disponibilização de edições eletrônicas, apesar de não absoluta, já é uma prática comum e em franca expansão.

Vender livros eletrônicos reduz drasticamente o ciclo de uma editora, não havendo a necessidade de imprimir. Além de cortar de forma aberrativa os custos. Tá bom, tudo bem, mas se a editora não vai imprimir, pra que ela vai servir? Pra que o autor vai "perder ganhos" com ela, pagando seus altos percentuais? Ora, pra que ela cumpra a sua função! As editoras, em tese, servem também para fazer todo o trabalho de divulgar o livro e, quem sabe, emplacá-lo como best seller no New York Times. Nada impede de autores resolverem divulgar seus livros em blogs e vender edições eletrônicas, antes eles não tinham a grana pra imprimir.

Enfim, a tendência é que o acesso ao mercado de consumo de arte com propriedade intelectual seja facilidado tanto do lado dos autores quanto dos consumidores. Foi assim com a música, está sendo com o livro e o próximo é a TV. Espero ansiosamente para que o TiVo chegue em Terra Brasilis logo."
E pra dar continuidade na discussão, gostaria de deixar alguns pontos de interrogação em aberto:
  • O design não me agradou nem um pouco. Será que eles já viram o iPod Touch ou o iPhone?
  • E o lance do DRM? Tem?
  • (e agora pondo lenha na fogueira) se esse aparelhinho tivesse padrões abertos talvez fosse infinitamente mais interessante. Ter a possibilidade de desenvolver novos aplicativos, exportar novos serviços e fazer a tão falada convergência de mídias. Cadê o pensamento 2.0 desse pessoal?
  • Falando em convergência, quem iria comprar algo que SÓ lê e-books? Ok, entra na internet e compra e-books da Amazon, mas mesmo assim, não posso ler meus PDF's? Em suma: Padrões fechados fedem a cocô.
(atualização 26/nov/2007 - 23:05)
Acho que acabei esquecendo da minha opinião sobre o brinquedo. Não, eu não compraria um desses por alguns motivos simples:
  • Quanto a questão da convergência de mídia, eu não quero um aparelho que leia (e compre) e-books e ponto. Posso ter um PDA (ou até um SmartPhone) que acesse redes Wi-Fi e ter a liberdade de ler minhas nótícias / blogs / feeds RSS sem ter que comprar nada. Poder ler meus emails enquanto ouço minha banda predileta e, quem sabe mais tarde, ligar por VOIP para minha casa. Mas e os e-books? A maioria dos ebooks que preciso ler estão disponíveis gratuitamente em PDF. E quanto aos outros...
  • Os outros livros eu prefiro papel. Cheirar o papel, folhear, ler a orelha e guardar na prateleira. Esse é um prazer estranho que poucas pessoas tem. Ler coisas de papel ainda é muito bom, acredite! :-)
  • Padrões fechados, DRM e outras cossitas más: Inconcebível o lançamento de um produto com padrões fechados hoje em dia. A maior sacada do ano foi o lançamento do Google Android (que infelizmente não tive tempo de escrever aqui no blog). Imaginem a imensa gama de possibilidades quando se tem padrões abertos, API's e cérebros nerds fervendo para fazer coisas legais. Estouro de sucesso - agora imagine isso recompensado com 10 milhões de dólares. Poisé.
  • Eu ainda acho que isso foi um tiro no pé. Do tipo: "gastou dinheiro a tôa". Mas esta é só minha humilde opinião...Vai que isso estoura! Vou ter que engolir cada bit escrito nesse post. :-P

Algumas referências:

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Interunesp Franca 2007 vai deixar saudades

Voltei, vivo e com uma mochila cheia de histórias. Mandei um email pra um amigo meu descrevendo em breves palavras como é e o que aconteceu por lá, achei interessante postá-lo por aqui. Fiquei pensando se aqui seria o melhor lugar para se postar esse tipo de coisa, entrei nuns devaneios sobre qual o objetivo do meu blog e tals...Bom isso pode ser um tema de um outro post. Um meta-post :-) Mas o que importa agora é o Interunesp!
Muita gente (mas muita mesmo) junta. 20 Campi da Unesp participaram do evento somando mais de 15 mil pessoas. Era gente que não acabava mais e com um só propósito: Integração! Trocando em miudos: Zona, bebedeira e fuck4fun. Alguns estranhos vão pra competir nos esportes, vai entender.

Falando em esportes, e dessa eu não sabia, existe primeira divisão, segunda divisão, mascotes, cheer leaders, torcida MUITO organizada, bateria e muita richa: Descobri que ninguém gosta de Bauru. Hey Bauru! Vai tomá no cu!



E quando o assunto é integração, tem muita gente mala: Medicina Botucatu é exemplo disso. Não se misturavam muito com as pessoas e eram bastante antipáticos, bom pelo menos comigo foram. Tem muita gente que gosta de papear, conhecer gente diferente e trocar idéia com outros cursos e campi: A maioria esmagadora (eu estou nesse grupo). E tem gente que vai lá pra ser sem noção e rola até um fuck4fun. Mas isso eu não vi muito.

As festas foram excepcionais. Jamil e Axe genérico eu não sou lá muito fã, mas tive que aturar. Nada que uns goles de cerveja não ajudassem. Na segunda noite foi o fantástico show do Teatro Mágico, esse valeu muito a pena. Juntamos um pessoal lá na frente e cantamos e pulamos todas as músicas. No último dia o show ficou por conta de Velhas Virgens, toda aquela interação com a público e irreverência típica. Sensacional.

Valeu muito a pena. Como experiência de vida, do tipo "essa vou contar essa pros meus netos".
Antes da festa a fantasia, pessoal do alojamento:
Integração Rio Claro e Botucatu!

Ah! E um aviso: Não exagerem na catuaba e vodka, a não ser que queria esquecer algumas horas da sua vida, remoer o passado e ainda sair no tapa com bixete da educação física. Alias, fica aqui um apelo, quem esteve comigo e lembra do que aconteceu, poste um comentário! Vamos ajudar o Zero a reconstituir aquela noite nula! :-)

Special Thanks: Minthy! Valeu por me tirar da fossa e me animar na festa de sexta. Definitivamente catuaba e vodka não combinam.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Dia do software livre na SECCOMP 2007

Depois de 5 longos dias - entre o chamado e a apresentação de fato - eu quase não dormi, e não foi exagero. As pessoas que me acompanharam no desenrolar dos slides e elaboração do tema sabem que foi uma coisa única. E numa dessas só tenho que agradecer a essas pessoas: Edjunior e Sérgio por me ajudar a preparar os slides. Finch, Ju, Clinton, Void e Nada pela organização da SECCOMP e pelo convite para falar nela. Valeu mesmo galera. (desculpe se esqueci de alguem)
Então vamos lá, minhas impressões sobre o dia do software livre na nossa SECCOMP 2007:

Avi Alkalay, IBM Brasil
Avi deu sua (por que não dizer) aula sobre formatos abertos e ODF. Sua importância e relevância para governos, universidades e a população. Explicou um pouco da politicagem que envolve a M$, ECMA e o OpenXML (que de open não tem nada). Entenda que quando você usa um padrão de codificação de arquivo (seja para textos, imagens ou mídia) a propriedade intelectual vai para a empresa que detém esse formato fechado. A M$ só não se apodera dessas coisas por que não tem cara de pau suficiente. Imagine também o problema que se tem entre incompatibilidade (obviamente proposital) entre versões de arquivos Office, arquivos importantes do governo que não abrem mais e etc. Adotemos ODF! O que deu o tchãn na palestra foi saber que Avi se formou no nosso mesmo campus de Rio Claro, teve aula com alguns de nossos professores e tinha várias histórias a contar.

Rafael Peregrino, Linux Magazine
Este foi o showman da noite! Mostrou o uso da plataforma Linux em vários segmentos da TI no mundo. Desde PDA e telefones celulares (como é o caso da nova linha da Motorola e a série N800 e N810 da Nokia) passando por computadores caseiros e indo até servidores e equipamentos de telecon. Mostrou infinitos slides com gráficos de pizza, barrinhas coloridas e desenhos. Seu humor seco sobre Linux e M$ deu o tom alegre à palestra.

Eu, por mim mesmo e meus amigos
Depois de dois gigantes do mundo Open Source eu parecia uma formiguinha. O que falar da minha apresentação. Medo, facínio, insegurança e prazer de passar o conhecimento a frente. Estava pensando muito nesse assunto nos últimos dias. Seria quase um egoísmo guardar aquilo pra mim: Decidi encarar o desafio e passar as coisas a frente :-) O que o pessoal tem que ficar na cabeça é: Não haveria web 2.0 se não houvessem padrões livres! Essa é a chave da brincadeira!



Agradeço novamente a todos que tornaram isso possível. :-)
E aguardem as fotos, ainda não chegaram.

sábado, 3 de novembro de 2007

Software Livre e Web 2.0 na SECCOMP 2007

A ficha ainda não caiu.
Pasmem! Fui convidado a dar uma palestra na SECCOMP desse ano. Para quem não sabe, a SECCOMP é a Semana de Estudos da Ciência da Computação. Um evento organizado pelos alunos da UNESP - Rio Claro afim de promover e divulgar o conhecimento nas mais diversas áreas da computação. Acontecerá de 5 a 10 de novembro no próprio campus da UNESP de Rio Claro.



A minha palestra vai ser terça feira às 21h no anfiteatro do IB. Claro, o mais legal é que terça vai ser o dia do Software Livre do evento! Vou abordar o assunto que mais tenho lido, escutado e (por que não) comido ultimamente: A famigerada Web 2.0. Obviamente vou dar minha pitadinha de Software Livre no assunto, por que sem esta, nada disso não estaria acontecendo. Assim que tiver os slides vou publicá-los em meu site e colocar o link aqui no blog - se é que alguém vai mesmo se interessar :-D

Sorte pra mim!