Com o objetivo de não ser só mais um post sobre Campus Party no mar da blogosfera brasileira, vou falar de uma das coisas que mais me chamou a atenção. Mas calma, nada de Tim Berners Lee, Teatro Mágico, a treta com oDe Leve e muito menos das Coelhinhas. Sergio Amadeu, em seu belo discurso pela liberdade da internet, citou as redes mesh. Prepare-se então para ler um pouco mais e entender a tecnologia que pode te incriminar se a lei do nosso caro Azeredo entrar em vigor do jeito que está.
Redes mesh são redes sem fio que transportam dados do mesmo jeito que as redes wireless fazem. Mas qual a diferença das redes mesh para a rede wifi do café que eu vou sempre? A diferença está na arquitetura da rede. Enquanto você se conecta em uma rede wifi através de um access point, em uma rede mesh você se conecta no cara do lado. As figuras abaixo mostram melhor a topologia da rede.
(topologia em malha da rede mesh, todos se conectando entre si para achar um caminho até a internet)
Ou seja, a rede toda em forma de malha evita a necessidade de possuir vários access points para cobrir um local muito grande. Faz com que cada nó da rede se torne um roteador/gateway. Seu computador não usa o access point lá do outro lado do galpão, usa o computador do seu lado como gateway. Bom, e por ai vai.
Momento da fofoca: Segundo o que ouvi por ai, o Campus Party não tem WiFi justamente por esse motivo: 6k pessoas demandam um número muito grande de access points para poder manter a rede de pé e não prejudicar o "10Gbps" (entre aspas mesmo) emprestados da Telefônica. Ué, mas isso seria uma saída ideal. Todos os computadores são configurados pra ser nós da rede mesh e pronto! Precisaríamos de bem menos roteadores e tal... Bom, fica a dica pro Campus Party 2010.
Mas ninguém usa isso hoje em dia, certo? Errado! Um dos projetos mais falando em 2008 usa! O OLPC possui duas anteninhas verdes que já estão preparadas para fazer do OLPC um nó da rede mesh. Escola faz economia em infra de rede, e os alunos continuam estudando.
Só pros computeiros não dizerem que eu não toquei no assunto, baixando um pouco o nível da conversa, redes wifi seguem o protocolo 802.11b/g/n, enquanto que redes mesh usam 802.11s. Embora já tenham produtos com a tecnologia, o protocolo 802.11s ainda não está totalmente definido pela IEEE.
E repito: Gritem, protestem, reclamem e categoricamente não aceitem o projeto de lei como ela está. Precisamos SIM ter um estatuto para crimes digitais, mas não deste jeito.
Momento da fofoca: Segundo o que ouvi por ai, o Campus Party não tem WiFi justamente por esse motivo: 6k pessoas demandam um número muito grande de access points para poder manter a rede de pé e não prejudicar o "10Gbps" (entre aspas mesmo) emprestados da Telefônica. Ué, mas isso seria uma saída ideal. Todos os computadores são configurados pra ser nós da rede mesh e pronto! Precisaríamos de bem menos roteadores e tal... Bom, fica a dica pro Campus Party 2010.
Mas ninguém usa isso hoje em dia, certo? Errado! Um dos projetos mais falando em 2008 usa! O OLPC possui duas anteninhas verdes que já estão preparadas para fazer do OLPC um nó da rede mesh. Escola faz economia em infra de rede, e os alunos continuam estudando.
Só pros computeiros não dizerem que eu não toquei no assunto, baixando um pouco o nível da conversa, redes wifi seguem o protocolo 802.11b/g/n, enquanto que redes mesh usam 802.11s. Embora já tenham produtos com a tecnologia, o protocolo 802.11s ainda não está totalmente definido pela IEEE.
E repito: Gritem, protestem, reclamem e categoricamente não aceitem o projeto de lei como ela está. Precisamos SIM ter um estatuto para crimes digitais, mas não deste jeito.