Qualidade e variedade de palestras:
FISL teve algumas palestras com alguns assuntos batidos demais, de cabeça, "Por que Python?" é de cara um deles. Eu acredito mesmo que já está na hora de dar um shift nessas idéias. Já sabemos que software livre da certo sim, já sabemos a impotrância do conhecimento livre e já sabemos que compartilhar conteúdo na internet não é crime - pra essas coisas qualquer um não-recém-chegado ao mundo do software livre pode explicar, não precisa de uma palestra de 40min.
Outro ponto levantado em algumas discussões é sobre o nível das palestras: "Assuntos pops atraem newbas e a qualidade do evento cai." - autores dessa opinião, nada pessoal, eu sei que vocês vão ler esse post, opinem ai em baixo e me corrijam se eu falei alguma besteira :D. Mas pô, peraí. Isso eu já acho um pensamento meio elitista. O evento deve atingir todos os níveis de conhecimento, certo? Mesmo por que, quem consegue dar uma palestra mega-boga profunda em 40min? Assisti à todas as palestras sobre virtualização e algumas sobre kernel e até as sobre kernel foram de certa forma simples e puderam ser compreendidas por seres humanos. Acho que a idéia é essa mesmo, cada vez mais atrair mais gente, espalhar conhecimento, ganhar adeptos e tal. O nível das palestras (IMHO) foi razoavelmente bem distribuido. Mesmo por que - e isso eu digo sempre - conhecimento técnico a gente adquire no google, em salas de IRC e batendo a cara no computador madrugada a fora. Palestra é pra você conhecer o tema, pegar uma ou duas URLs pra começar a estudar, só isso. :)
Escolha dos temas:
Isso sim foi um bocado tenso. A escolha dos temas não foi algo claro e transparente. Ficaí a dica pra um upgrade no ano que vem. Um sistema mais claro pra todo mundo acompanhar quem vai e quem fica. :)
Tirei algumas fotos do evento. Algumas delas estão no meu Flickr e outras no pool da Agência FISL (@agenciafisl) que fez uma cobertura fotográfica colaborativa do evento.
E até o próximo FISL! :)
4 comentários:
Sobre a parte do elitista, acho que a carapuça serve em mim. :-)
Eu sou uma das pessoas que fala que o nível está baixo (mas não me considero elitista). Deixe eu explicar melhor meu ponto de vista: o Brasil tem um grande número de desenvolvedores open source, de projetos, e também de potencial inexplorado nesse sentido.
O FISL não atende esse público. Falta um evento mais técnico, mais avançado, voltado pra quem realmente avança a tecnologia open source na prática. Ou seja: falta o que é o FOSDEM na Europa, o linuxconf.au, o Plumbers Conference, OLS, etc.
Se pá nem precisa matar o FISL. Mas no mínimo tinha que ter um outro evento pra atender esse outro público que é deixado simplesmente a ver navios pela organização atual do FISL.
Um bom estudo de caso é a mudança radical que os organizadores do FOSS.in fizeram no último evento deles (acho que 2008 né?). Teve uma repercussão muito positiva entre os desenvolvedores!
Cara, juro de pé junto que não é nada pessoal, de verdade! :)
Acho que a questão é essa mesmo, FISL é pra todos. E mesmo que alguém queira, acho bem difícil aprofundar num assunto em apenas 40min.
Talvez começar a trazer eventos mais específicos pro Brasil realmente possa ser uma boa - o que foi uma idéia levantada pelo @guilhermeprado numa das conversas de café por lá também.
[]'s
Bom, a parte mais engraçada foi você sendo barrado no detector de metais.
@otubo - não se preocupe, não entendi como nada pessoal. Concordo que tem bastante gente elitista por aí!
Quanto ao tempo da palestra, acho que mais que 50 min é inadequado por questões de pedagogia (limite de atenção e talz).
Eu gosto do formato do GCC Summit. 50 mins pra apresentar um paper mais as perguntas. Dá uma boa visão geral do trabalho do cara. As miudezas técnicas podem ser esclarecidas no corredor ou no jantar/bar depois do evento!
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