segunda-feira, 21 de julho de 2008

Top 5 momentos revolucionários de "Cavaleiro das Trevas"

Este post foi retirado do blog Topismos, e o motivo é simples: Eu estava pensando em escrever algo sobre o Cavaleiro das Trevas, mas logo vi que os tópicos discutidos pelo Denis em seu post já eram suficiente. E agora, com a devida autorização, clipo aqui o post na íntegra. Boa leitura. :-)


Desde que os super-heróis tomaram as telas, certos filmes se destacam criando novos paradigmas para um gênero já consagrado do cinema internacional. Se Richard Donner nos fez acreditar que um homem poderia voar em 1978, Brian Singer e Sam Raimi materializaram os impossíveis e impressionantes super-poderes em plena realidade, Christopher Nolan nos provou que existe muito mais do que a "capa e a espada" nas filmagens de histórias em quadrinhos. Com os pés calcados nas melhores novelas gráficas, Nolan criou um Batman sombrio, realista e livre de uma cenografia caricatural. Seguem agora 5 pontos que revolucionarão o gênero dos heróis no cinema depois da estréia de "Cavaleiro das Trevas":

5) Finalmente um roteiro não infantilizado: Nada de cenas óbvias em que os cidadãos em perigo aguardam ansiosamente o resgate nas mãos do destemido herói mascarado. Em "Cavaleiro das Trevas", temos diversas situações apresentadas como peças de um elaborado esquema em dominó. Uma derrubando a outra e criando novos e complexos problemas que não podem ser resolvidos por um único sobrevôo ou o desarmar de uma bomba nos últimos segundos. Como uma peça de cinema ímpar, o filme mistura gêneros como policial e gangster ao drama característico dos quadrinhos chegando a fazer inveja em filmes como o recente "Os Infiltrados".

4) Um Batman que questiona seu papel em Gotham: Ele não é um herói. Ele é o que Gotham precisa que ele seja, e essa linha é cada vez mais sombria. Agindo como uma espécie de "quinto poder", o Batman interfere politicamente em todas as esferas do poder de Gotham, papel que poderia muito bem caber a Bruce Wayne (por seu estupendo poder aquisitivo), mas que por integridade e por segurança dos entes queridos, acaba se mantendo "alienado" dos perigos de uma cidade tomada por criminosos "bem reais". Durante todo o filme questionamos se o Batman influenciou positiva ou negativamente os destinos de Gotham.

3) Nenhuma menção ao trauma de Bruce Wayne: Nada de flashbacks infantis, nada de criança chorando a morte dos pais, nada de foto sobre a lareira. O super-explorado trauma do Batman é passado e não precisa ser revivido. Só isso já conta como momento revolucionário na trama de um herói. O passado é sempre o motor que os conduz, mas tomando isso como obviedade, Nolan assumiu o risco de não revisitar o trágico assassinato dos pais de Bruce. Sabemos que eles morreram, sabemos que isso marcou Bruce e criou o Batman e só isso basta.

2) Um Coringa sem passado e sem motivos: No começo ficamos assustados. Será que o novo Coringa irá mesmo nos contar sobre sua relação com o pai? Logo descobrimos que existem muitos truques por baixo das mangas roxas do "Palhaço do crime". Em "Cavaleiro das Trevas", o Coringa é uma criatura que não existe socialmente. Suas digitais são impossíveis de rastrear, suas motivações são puramente caóticas, em seu bolso temos apenas facas (armas que não podem ser rastreadas) e seu único motivo de existir é infligir a anarquia generalizada. É, ou não é, uma revolução?

1) A linha tênue entre o bem e o mal fica mais tênue: Quem é bom? Quem é mal? O Batman possui um certo conjunto incorruptível de valores. Valores que o impedem até mesmo de espionar toda a população de Gotham (mesmo sabendo que isso seria de grande ajuda no combate ao crime). Seria o Coringa totalmente insano ou seria a insanidade o único modo de viver liberto de uma sociedade corrupta? Matar um indivíduo gera uma reação, mas matar um individuo de certa posição (um prefeito, por exemplo), gera uma reação muito maior. "E por quê?", questiona o Coringa. Seremos todos nós podres? Será apenas Harvey Dent? Onde estão os limites entre o certo e o errado?

Deu pra perceber por que o "Cavaleiro das Trevas" mudará o mundo e os super-heróis para sempre? E eu nem gosto tanto do Batman, mas irei correndo assisti-lo de novo!

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terça-feira, 15 de julho de 2008

Why so serious?

Uma ação simples da RMG Connect com um potencial imenso quando se leva em conta o uso de ferramentas de comunicação como Twitter, MSN e afins. Já tá virando febre entre a nerdaiada do twitter. Ainda não tive coragem de conectar no MSN e rever fantasmas só pra saber se por lá a idéia já colou.

O fato é que adorei, coringalizei meu avatar e o Gustalves, também aqui do oC, já deixou o seu pronto para assistit à estréia do novo filme do Batman. Putaqueparilmente foda!

Why so serious?


Via - oniscienteColetivo

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Review de Wall-E

Aviso: Este post pode conter spoilers. :-)

Neste post vou falar sobre este filme que e está fazendo um pouco de barulho na minha cabeça: Wall-E. Ele quebra alguns conceitos de filmes e animações que já assisti até agora, e é justamente por isso que merece um post só pra ele. Vou dividir as idéias em 3 pontos importantes: Robôs humanos, técnica e qualidade de efeitos e teorias futuristas.


(Wall-E gazing at the stars)


Resumo: A terra entra em colapso, não tem mais onde colocar lixo. Enquanto a população foge em imensas naves, um grupo de robôs permanece na terra com o objetivo de antulhar o lixo produzido. Um destes é Wall-E. Ele desenvolve uma curiosidade e uma humanidade fora do comum. Conhece Eva, uma robozinha (fêmea?) que vem em busca de algum sinal de vida vegetal. Daí pra frente tem que assistir, senão é spoiler demais.

Robôs humanos: A naturalidade dos personagens da Pixar está ficando melhor a cada longa que se passa. Wall-E é exemplo claro disso. Você só percebe que são robôs por que possuem forma típica, de resto, seriam adolecentes completamente normais. Possuem olhares, comportamentos e reações tipicamente humanas. Wall-E fica completamente sem jeito quando fica perto de Eva, faz gracejos para chamar sua atenção. Eva fica brava com Wall-E, e não apenas isso, sua feição de "Wall-E! Olha o que você fez!" é impagável. Obviamente essa personificação é o objetivo da história, sem ela não haveria nem filme. Mas a qualidade e a fidelidade com que o comportamente humano é replicado é realmente fantástico.


(Wall-E & Eva)


Técnicas: Quando o assunto é técnica e qualidade de efeitos, não tem o que discutir. Pixar é foda e ponto. Mas o ponto que me chamou realmente a atenção é o efeito de desfoque de câmera. A produção simulou o "problema" que se tem em acompanhar um objeto muito rapidamente e o foco não conseguir acompanhar. Sensacional! Isso pode ser visto no fim do trailler, na cena em que Wall-E atrai magneticamente alguns carrinhos de supermercado, a câmera o segue, mas perde o foco em alguns momentos.

O futuro está próximo: Achei que este ponto também devesse receber uma atenção especial. O futuro exibido no filme é completamente factível e alguns pontos podem ser observados desde já em nossa civilização. Um ponto interessante é que o filme saiu do modelo tradicional céu-escuro-chuva-ácida-seres-repuguinantes como em Blade Runner, Matrix e outros filmes de estilo "futuro caótico". Apenas um sol inabalável, paisagem desertica e lixo, muito lixo. A quantidade de lixo jogado na Terra a ponto de conseguir inutilizá-la é o ponto mais óbvio da história, estamos rumando a esse destino, ninguém faz nada e isso já não é novidade. Outro ponto bastante fácil de identificar é a atrofia dos ossos e crescimento dos tecidos adiposos devido à gravidade (artificial) baixa no espaço e esforço físico quase nulo. Mas o que mais me chamou atenção foi o uso de telas acopladas a cadeiras pessoais. As telas se comunicam em tempo real com voz e vídeo com qualquer pessoa da nave. E aí está o paradigma: Pessoas completamente isoladas, autistas vivendo em seus mundinho com suas telas particulares mas ao mesmo tempo se comunicando com o mundo. Será que isso já não acontece?

Assista: Se você não assistiu, assista e repare nessas coisas. Um excelente filme de crianças para adultos.